sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bem aventurados!



O grão da mostarda e de trigo, o sal que se desfaz, um punho de fermento que leveda toda a massa: o Evangelho é cheio destas sugestivas imagens que narram no estilo “ferial”, discreto, quotidiano, não invasivo a presença de Deus na história. Quem esperasse efeitos especiais, fogos de artifícios, milagres clamorosos capaz de provocar record na televisão ou na internet ficaria irremediavelmente desiludido.
Aos olhos de Jesus o Pai se esconde e se revela nas pequenas coisas como o grão de trigo que semeado se empasta com o terreno e sem fazer barulho dá fruto.
Aos olhos de Jesus é feliz que persegue na fidelidade e na perseverança do quotidiano o bom desejo da justiça, da humildade, da simplicidade, o desejo da pobreza de espírito; é feliz quem se dispõe a atravessar sem heroísmos o pranto e o sofrimento, sabendo que não são a ultima palavra sobre a existência do homem. É verdade! Deus está nas pequenas coisas, porque são aquelas mais humanas, mais adaptadas a nós, são aquelas que nos mudam seriamente e nos fazem enfrentar a vida com determinação.
Ser cristão significa aderir a este estilo, empenhando-se lançando a semente, o grão de trigo e alegrar-se por isto, sem pretender em troca o fruto ou procurar de anticipá-lo a todo o custo. Ser cristão significa dedicar a própria vida para que a Igreja de Jesus Cristo não se transforme numa empresa que produz mas se torne num espaço humano, um sulco aberto que permita à semente evangélica, não propriedade nossa, de crescer e madurar de modo novo e imprevisível.
O Deus das bem-aventuranças é o Deus que se encontra nas pequenas coisas. Nunca como hoje temos necessidade disto, dentro e fora da Igreja. Eu topo!!

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