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A mostrar mensagens de abril, 2012

Frei Capuchinho, EU quero ser!

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Nos permanentes contactos que tenho tido com os jovens, quer nas escolas onde lecciono, quer nas minhas várias actividades pastorais, diante das muitas inquietações lanço muitas vezes e em tom desafiador a pergunta:  “Já pensou o que você vai ser amanhã?” Certo, a vida moderna nos oferece muitas alternativas, mas é importante que os jovens perguntem com frequência: “qual o caminho a seguir?” É também muito importante responder com serenidade e seriedade a estas questões: tens um sonho? Amas e tens um ideal de vida? Acreditas em Jesus e no seu projecto? Sentes paixão pela constrição do mundo?  Se sim, caro jovem então atreva-se! Descubra uma vida nova! Para conhecer a tua vocação é indispensável buscar conhecimento e perceber os sinais que a vida e Deus te apresentam. Lembra-te, a partir do teu desejo íntimo, tu podes encontrar uma vida nova de dedicação e amor ao próximo.  Na medida em que se torna mais intenso o desejo de seguir em frente é preciso ter muito discerniment

O Verdadeiro pastor!

“Eu sou o Bom Pastor” - Talvez Jesus se tenha recordado das palavras de Deus pronunciadas pela boca do profeta Ezequiel: “Eu cuidarei das minhas ovelhas, para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram num dia de nevoeiro e de trevas. Eu apascentarei o meu rebanho, Eu o farei repousar. Hei-de procurar a ovelha que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa” (34, 11-16). Como pastor Jesus não vai à retaguarda lamentando-se da lentidão dos nossos passos ou dos saltos fora da estrada, mas caminha à frente, abrindo caminhos inesperados e inventado percursos de esperança. Precede-nos atraído mais pelo nosso futuro do que pelas quedas do passado. É o seu andar que seduz e encanta, convidando-nos a sair dos velhos recintos, dos rebanhos anónimos, dos desvios falhados, para ir ao encontro dos outros. “Conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me” - São tantas e infinitas

E VIU QUE ERA COISA BOA!

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Se queremos compreender uma “filosofia” devemos olhar o modo com que ela apresenta a relação entre as pessoas e as coisas. Mais do que nas enunciações teóricas, uma visão da vida se revela por aquilo que é ao descrever o significado das coisas para a pessoa. O homem verdadeiro se vê no modo como vive a circunstância. A palavra “circunstância” indica o que está à nossa volta. Nós vivemos circundados de pessoas e de coisas Mas dizer isto não basta. Não somos câmeras de filmar que registram com indiferença aquilo que vemos. Na verdade, as coisas nos provocam; são “palavras” que batem á porta da nossa existência e pedem para serem hospedadas. Todas as coisas que acontecem são pro-vocações. E aqui nascem os problemas! As coisas suscitam em nós atracção e repúdio. Concentremos a nossa reflexão sobre as coisas que nos atraem. Muitas vezes temos medo destas coisas que nos atraem. Porquê? Porque muitas vezes se acolhermos a promessa de prazer e de satisfação que trazem consigo e se nos deixa

Segundo as Escrituras!

Do desespero até à fé Os dois discípulos de Emaús caminham amargurados e decepcionados. Abandonam Jerusalém e ali deixam os sonhos e as esperanças Com o coração ainda acampado no calvário são incapazes de acolher a alegria transbordante da Páscoa. Enquanto caminham um desconhecido junta-se a eles. Quando tudo parece falir, Jesus faz-se companheiro de viagem, acolhendo as confidências, na partilha da vida, da palavra e do pão. Quem de nós não se encontrou um dia sobre a estrada de Emaús, com o coração cheio de questões e de esperanças desiludidas? Quantas vezes não pensamos que o Senhor fica retido nos sacrários e que caminhamos sozinhos no mundo? Ainda hoje, quando sobre a nossa fé desce a noite, os passos de Jesus metem-se nos rastos da humanidade, dentro do pó da estrada, e ao ritmo do seu coração. O problema não é a ausência de Deus, mas é a incapacidade em reconhecê-lo; é a miopia que concentra tudo sobre nós próprios, sobre os nossos problemas. Caminho de palavra e de pão

Pegar ou largar!

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O abandono das redes, da própria profissão: este é o primeiro abandono que Jesus pediu. Não é, porém um abandono “uma vez para sempre”: é um abandono contínuo que acontece cada dia porque não precisa só abandonar as redes mas também os  carismas e tantas coisas que possam servir-se de impedimento. Daqui nasce a escala das prioridades que se actualiza continuamente mas que em primeiro lugar põe sempre Jesus Cristo. Cada vez mais ouvimos dizer: “quando serei… quando terei...” mas quanto mais estamos empenhados, mais o Senhor nos chama a fazer alguma coisa . Acredito que é o Senhor que nos guia: não dou um pouco de tempo a Deus em base aos meus compromissos, mas arranjo um espaço para dar-Lhe tempo na oração, para estar com ele através da evangelização… o Evangelho é tudo para todos e nós somos chamados ao abandono das redes! Durante o meu dia de trabalho e de estudo encontro sempre tempo para o Senhor porque como cristão não deixo alguma coisa mas encontro uma pessoa. E encontrando

Confiança!

Existe no Evangelho a discrição da insana satisfação de um homem que lutou toda a sua vida para conquistar um nome, para, construir uma empresa, para aumentar a facturação, para impor-se no mercado. Um homem realizado que se alargou sempre mais e teve a graça de sentar-se e contemplar e de sentir-se satisfeito. Parar para contemplar o que já se conseguiu é já um facto positivo tendo em conta aquele frenesim de ter que a muitos envenena toda a vida para conquistar sempre mais. Ora bem, este homem se senta, contempla e põe a confiança naquilo que possui. “Minha alma, goza, fizeste tudo aquilo que podias para agora estar bem. Hoje tens o prémio das tuas canseiras. Foi muito duro! Tivemos que eliminar tantas outras pessoas que nos faziam concorrência, não fomos sempre lá muito leais. Mas o mundo é assim: se não comes os outros, são os outros que te comem a ti”.  Os sonhos deste homem realizaram-se, mas rapidamente tornaram-se num pesadelo. De facto como uma música de fundo ouve um

Ver, tocar, crer!

“Estando fechadas as portas da casa” A tristeza e o medo de acabar como o Mestre aferrolha os discípulos. A memória da cobardia na noite da traição paralisa-os! No entanto, Jesus vem. Vem porque não se escandaliza nem se impressiona com os nossos medos e feridas. Ele entra apesar da dureza e lentidão do coração, apesar das resistências e obstáculos. O Ressuscitado não se detém diante da inércia lacrimosa ou da incredulidade, mas está atento às dúvidas dos seus amigos e vai à procura da ovelha perdida, no pequeno rebanho dos onze. É ali que se aproxima, estende a mão e oferece os sinais do amor crucificado, porque nesses sinais o amor imprimiu toda a sua história com o alfabeto das feridas. Onde nós temos medo, Jesus vem para inundar-nos do sopro vital, alagando-nos de paz, fazendo-nos sair rumo ao outro. “Se não vir o sinal dos cravos, se não meter a mão no seu lado, não acreditarei” Como são pobres as nossas palavras que não conseguem testemunhar, dizer ou convencer alguém. Os

Amor Maior!

“Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15,13) Inacreditável!! Será possível encontrar nesta vida um grande amor? São muitos os que afirmam que não é preciso cair na ilusão, que é melhor ter os pequenos amores, pequenos sonhos, pequenos desejos. É melhor coisas reduzidas, mais seguras que expor-se a riscos de os outros mudarem de ideia e te deixam sozinho: assim, no caso corra mal, se sofre menos. É melhor não cair na ilusão: não se pode fiar-se de ninguém. Cada um faz os seus interesses, mesmo no amor, e então é melhor uma história banal numa noite que um grande amor incerto e cheio de riscos amanhã. Faz muito mal o sorriso sarcástico de quem olha para ti e te diz com ar de mulher ou homem vivido: “em que mundo vives? O tempo mudou! Os grandes amores já não existem nem mesmo nos filmes!” Dar a vida… para depois ficar com a boca seca e abandonado? De facto não é seguro que dando a vida no final se vence a final de amigos Dar a vida ou combater cada um

No limits!

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I nicia depois o amor, depois de ter amado. Inclusive no final começa aquele verdadeiro, exactamente quando estão esgotadas as circunstâncias iniciais, aquelas que podem até ofuscar a gratuidade dos nossos sentimentos e dos nossos gestos. Quando não existem mais motivos - para nós - de doar-nos, eis  florir a hora do amor maior. Aquele livre, invencível, que não morre nunca. Aquele que ultrapassa os limites da prudência e da conveniência. «Antes da festa da Páscoa, Jesus. Sabendo que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, os amou até ao fim» (Jo 13,1). Deus fez um longo caminho para chegar até aqui. Nos tempos antigos tinha iniciado a manifestar a sua misericórdia através da libertação de Israel da escravidão do Egipto. Naquela circunstância, o povo devia corresponder à iniciativa do Senhor através da oferta de um cordeiro imolado, segundo as prescrições da Lei de Moisés. «Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sa