terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
...Era muito boa!
Durante esta semana e a próxima a liturgia quotidiana irá apresentar-nos algumas passagens do livro de Génesis.
Escutaremos o relato bíblico da criação, que não ha nenhuma pretensão científica, no sentido que damos hoje a esta expressão, mas a sua intenção é catequética.
Na criação o homem ocupa um lugar singular em relação às outras criaturas de Deus. O homem é o único criado “à imagem e semelhança de Deus”. O homem é o ponto máximo da criação de Deus.
O que significa que o homem foi criado à imagem de Deus? Muitas foram as explicações propostas durante a história da Teologia. O que é central é que a criação do homem à imagem e semelhança de Deus propõe uma relação estreita entre Deus e o homem. Deus cria um ser que que lhe é conforme, com quem possa comunicar.
O livro de Génesis, como já disse, “não foi redigido para escrever História, mas para dizer que Deus domina a História”.
Devemos, lendo este belíssimo livro, fazer a distinção entre "representação" e "revelação". A “representação” reflecte, inevitavelmente, a cultura da época. A “revelação” manifesta a verdade que permanece além do tempo e das culturas. Aquela é filha do tempo, a esta filha da eternidade.
Que a terra fosse plana e o céu curvo, que o oceano circundasse a terra seca e o sol pendesse como uma lâmpada, diz respeito à representação do cosmo, e não de uma revelação religiosa. A Bíblia reage de maneira clara às crenças míticas e idolátricas do tempo afirmando a existência de um único Deus, único Criador.
Muitos mitos orientais de facto narravam fantásticos contos de divindades em permanente luta umas com as outras: contos do deus da luz e da deusa do mar, das potências celestes e terrestres; gene do bem e do mal, que lutam freneticamente para dominar o mundo, cada um com seu próprio nome, cada um com sua própria soberania, cada um com seu próprio domínio.
O livro de Génesis, em oposição a essas crenças, afirma que toda a criação é obra de um único Criador, e só a ele pertencem o céu e a terra, que somente dele dependiam a luz e os astros, dia e noite, vida vegetal e animal, e que ninguém fora dele, tem poder sobre o universo. Afirma sobretudo que a obra de Deus é boa desde toda a eternidade.
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