quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Leias consigo mesmo!


Vivemos numa época muito bela e fascinante em tantos aspectos. Os nosso tempo possui uma aceleração constante. Ainda não tomamos gosto de uma coisa que já chegou uma outra para a substituir. O poder das novas técnicas nos abre novas possibilidades mas, faz surgir também um certo desorientamento à volta do sentido de tudo o que fazemos. Se não se vive com o coração em alerta, é fácil cair nas mãos predadoras de uma certa ditadura do relativismo. Neste sentido podemos perceber como muito incómodo a frase de Jesus: “seja o vosso falar sim, sim; não, não;”(Mt 5, 37). Será que existem, na verdade, coisas pelos quais podemos dizer: sim, sim; não, não, visto todas as mudanças em acto e o leque de opiniões sobre as coisas da vida? Não devíamos, talvez mais prudentemente, dizer: acho, talvez, parece-me, sou da opinião, ao menos por agora? Na verdade, trata-se de experiências diferentes. Tantas coisas mudam. Mas existem uns encontros, uns factos diante dos quais somos chamados a dizer simplesmente sim, sim; não, não. Pensemos antes de tudo a certos valores da vida, o amor, o perdão, a paz. Ou então pensemos aos não valores como a violência, a soberba, a morte do inocente. Aos primeiros é preciso dizer sim, sim; aos segundos é necessário dizer não, não. Começar com sofismos e distinções politically correct, de facto, vem do maligno. Mas gostaria que pensássemos em certos encontros. Se lermos no Evangelho o episódio da chamada dos primeiros discípulos vemos a discrição de experiência nítidas e claras, diante das quais não resta outra alternativa senão seguir. Assim aconteceu com João, André, Tiago e Pedro. Assim também, nós devemos ter a coragem de olhar para a nossa experiência e reconhecer os sinais da passagem de Jesus, num rosto, num encontro, num evento que fez surgir dentro do coração uma esperança nova. Nós também, se não queremos entrar na confusão do maligno, devemos ter a coragem de sermos leais com certa nossas experiências e dizer “sim, sim”a estes encontros e“não, não”a tudo aquilo que nos quer roubar a vontade de viver.

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