Quem quer ser franciscano deve compreender que o grande ideal é aquele de ser irmão. Para muitos o nosso ideal é belo porque vivemos juntos. Mas não está no viver juntos a beleza do nosso carisma mas no viver juntos como irmãos dados uns aos outros pelo Senhor. Hoje a minha pequena fraternidade viveu um dia muito especial: recebemos a visita do vigário da nossa Ordem, Frei Felice Cangelosi. Se trata de uma visita fraterna em que o nosso irmão nos escutou e nos confortou confirmando-nos na nossa vocação franciscana-capuchinha. Recordou-nos que nós os frades temos não somente uma longa história a contar, mas também e sobretudo a urgência de um testemunho de vida para oferecer. É nossa obrigação procurar transmitir de geração em geração aos homens e mulheres a mensagem franciscana de Paz e Bem. Francisco foi um homem verdadeiramente de paz: procurou viver o Evangelho de Jesus e com o seu exemplo de vida soube mostrar aos seus contemporâneos uma vida em fraternidade que é essencialmente acolhimento do outro como um dom. Ao início do seu caminho pesava até que não precisava de nada para esta missão, nem de casa, nem de coisas. É de Francisco o dito “o nosso claustro é o mundo”. Depois, naturalmente, por motivos contigentes teve que aceitar viver em convento.
Convento é o termo que indica a casa dos frades e dá a ideia de um caminho mais do que um fixar: “con-venir”: “vir de” para “partir com”. Esta é o nosso grande desafio! Guiados pelo exemplo de Francisco podemos experimentar o inefável alegria da nossa vida fraterna: "Ecce quam bonum et quam iucundum habitare fratres in unum" (“Como é belo, como é agradável que os irmãos vivam unidos” (Salmo 132))
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