Procurar!


“procurar” é o verbo mais humilde e maior de toda a vida e de toda a relação… é, na verdade, muito bonito procurar: porque quem não procura é já um saciado que não sabe ir para além da sua soleira; porque quem procura sente, porém, a necessidade de procurar até quando já encontrou: visto que qualquer coisa, qualquer pessoa e, antes de tudo, Deus têm sempre novos horizontes para desvendar.
Um crente também deve procurar sempre: sim, para verficar a sua fé e alimentar a sua vida de novas profundidades, de novos modos com que Deus se apresenta. De facto uma vida inteira não chega para entendermos uma pessoa. Imaginemos então se basta uma vida para entendermos a presença de Deus! É bonito procurar ainda porque o amor se exprime não só no descobrir continuamente novas profundidades, mas no valorizar inclusive aquele dom que um fez nascer no outro. Porque quem procura é um generoso que descobriu em si tantas energias (físicas, espirituais, culturais, sexuais, e de fé) e quer partilhá-las; e ao mesmo tempo é um pobre mas sapiente, que conhece como os seus limites e as suas pobrezas podem sem superadas com os dons que sabe descobrir nos outros… cada um é aquilo que procura… se procuras a ti mesmo e não te deixes encurralar pela convencionalidade e não te deixes acorrentar pelo conformismo e nem mesmo te deixes levar pelas vazias imitações das estrelas (em Cabo Verde agora parece que tudo é (e)strela) e divas, descobrirás em ti a possibilidade de ser nova criatura em cada momento, em cada idade, não obstante tantas situações de monotonias em que estamos obrigados a viver. Procura, porque quem procura encontra. 

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