DOMINGO DE RAMOS!

Quem é Jesus? «Na verdade, este homem era Filho de Deus», esta frase do centurião, um pagão e um estrangeiro, é uma verdadeira confissão de fé e aparece mesmo como a primeira confissão de fé da história cristã. Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Todavia, a narração de hoje é um balde de água fria e desilusão para todos os que esperavam um messias guerreiro, defensor da independência de Israel. O homem que entrou na cidade santa, montado num burro, não quis exibir a sua força. Ele é um homem de paz e aceita o entusiasmo da multidão que aclama bendito aquele que vem em nome do Senhor. O Messias esperado, chegou. Todavia, a revelação acontece pela paixão e pela morte cruel na cruz, o máximo do amor pelos discípulos e por todo o povo. Quem é o discípulo? Hoje sublinha-se o projeto de vida do discípulo. Discípulo é aquele que acolhe a palavra de Deus e reconhece que tudo é dom de Deus, agradecendo com a própria vida. Onde não há amor não pode haver vida. Deus não está presente num coração ausente. Bento XVI, na mensagem para o 49º dia de oração pelas vocações, cita uma célebre página das Confissões de Santo Agostinho onde ele exprime com grande intensidade a sua descoberta de Deus, suprema beleza e supremo amor, um Deus que sempre lhe esteve próximo, e ao qual abria finalmente a mente e o coração para ser transformado: “Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós”. A Cruz florida da Páscoa A Palavra visível de Deus exprime-se ao longo de toda a história da salvação e tem a sua plenitude no mistério da encarnação, morte e ressurreição do Filho de Deus. A cruz e a Páscoa são inseparáveis, ou seja, a cruz sem a Páscoa é sem sentido e a Páscoa sem a cruz é vazia. O Nazareno é o Crucificado e o Ressuscitado. Aqui está identidade de Jesus, o Cristo. A morte na cruz faz repensar a vida. A vida faz repensar o nascimento. A redação dos evangelhos obedeceu a esta tríplice sequencia. Pascal sublinha isto ao afirmar «o que nos faz acreditar é a cruz. Mas aquilo em realmente acreditamos é a vitória da cruz. A cruz florida da Páscoa!

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