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A mostrar mensagens de agosto, 2011

Partimos... mas ficamos!

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A partir de amanhã, dia 1 de Setembro, os irmãos capuchinhos encerram definitivamente a sua presença fraterna na cidade de Mosteiros. Transcrevemos na íntegra a mensagem que o Frei Matias Silva, delegado do nosso ministro vice provincial deixou ao povo de Mosteiros que caminhou connosco nos últimos 64 anos. Caríssimos irmãos e irmãos,  Peço-vos, humildemente, que me concedais mais um pouco do vosso precioso tempo e paciência. Na hora da partida, queria, em nome da Vice-Província dos Irmãos capuchinhos de Cabo Verde, reportar aos começos da nossa missão em Cabo Verde, mormente aqui nos Mosteiros. A circunstância ordena e exige que se faça esta memória histórica. No dia 19 de Maio de 1945, a congregação dos assuntos Eclesiásticos Extraordinários dirigia-se ao Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos pedindo missionários para as então colónias portuguesas de Moçambique e do Arquipélago de Cabo verde. “Com uma população de 174.000 habitantes, onde se constata ignor

Filhos de um Deus "menor"

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Não é obrigatório viver como “todo-poderoso” como se fossemos seres estaminais… podemos habitar a vida colocando-nos simplesmente ao lado das pessoas e das coisas, sem a pretensão de sermos superiores e de ter nas mãos todas as soluções de todos os problemas. Podemos admitir de não termos sempre a capacidade ou a vontade de vencer. Podemos estar juntos sem pensar que somos muitos galos fechados numa pequena capoeira rivalizando-nos para conquistar um lugar no poleiro a custa de perder as penas todas. Podemos conseguir ainda somente partilhar as situações “baixas”, humildes da existência, sem fazer milagres. Podemos apresentar-nos nas relações escolhendo ser sem poder, aramados apenas da nossa pequena e normal humanidade. E talvez com um sorriso!   Não somos uns falhados se não gastarmos a vida para nos tornarmo-nos todos, sem excepção, uns “managers”. Pode ser bonito e cativante viver e trabalhar sem deixar-se consumir pela voracidade de presidir, de comandar, de superintender

Assim presente!

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 A festa da transfiguração convida-nos a voltar o olhar à pessoa de Jesus num momento especial da sua vida terrena, no dia em que “sobre um alto monte” ele “transfigurou-se” dainte de “Pedro, Tiago e João” (Mt 17,1.2) e estes tornaram-se “testemunhas oculares da sua grandeza” (2Pedro 1,16). A tradição sempre interpretou este episódio em chave pedagógica, como um sinal oferecido aos discípulos para os suster ao impacto com a realidade e a lógica da cruz.  Escreve um grande doutor da Igreja: “o papel principal da Transfiguração era remover do coração dos apóstolos o escândalo da cruz, para que a humildade da paixão por ele desejado não perturbasse a fé deles, sendo-lhes já manifestada em antecipação a excelência da sua dignidade escondida” (São Leão Magno). Sem dúvida trata-se de um significado que pertence à verdade deste mistério da vida de Cristo. O Senhor Jesus desejava anunciar com clareza que na sua eminente paixão de amor ele não estava perdendo a vida, mas a estava doando. Os dis