Jesus, cumprimento da Lei!



O ideal religioso do judeu devoto consistia, no tempo de Jesus, em observar a lei, através da qual se realizava a vontade de Deus.
Meditar e obedecer à lei, era a herança do judeu devoto, "uma lâmpada para os seus passos", o seu "refúgio", a sua "paz" (cf. Sl 119).
Jesus é o cumprimento da lei, porque ele é a palavra definitiva do Pai (Hb 1,1). Paulo nos diz que "quem ama o próximo cumpre a lei ... pleno cumprimento da lei é o amor" (Rm 13,8-10).
E é neste sentido que Jesus é o cumprimento de toda palavra que procede da boca de Deus: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito... Para que o mundo seja salvo por seu intermédio" (Jo 3,16-17).
O cristão é, em primeiro lugar, um discípulo de Jesus, e não um cumpridor de leis. Os fariseus eram obcecados com a aplicação literal e minuciosa da lei, mas tinham perdido completamente o espírito da própria lei. Daí as palavras de Jesus: "Se vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus...".
Amor não é primariamente um sentimento generalizado de fazer sempre o que queremos, mas sim o motor do serviço ao próximo, de acordo com o plano divino. E é por isso que Jesus enumera seis casos da vida quotidiana - neste VI Domingo do Tempo Comum a liturgia nos apresenta os três primeiros - em que se manifesta este amor concreto: a reconciliação com o nosso próximo, não irar-se, não insultar ninguém, não cometer adultério nem mesmo no desejo, evitar o pecado… O contraste com os critérios que regem o mundo moderno não poderia ser maior. Para que valores cristãos apostamos? Mais uma vez somos consolados pela declaração de Cristo: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão" (Mt 24,35).

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