É bonito caminhar
na vida, é bonito
ter diante dos
olhos uma estrada
para percorrer
com segurança;
caminho que
decidiste
percorrer; depois
de não poucos
temores ti se fez
claro na
consciência onde
queres chegar e decidiste caminhar; é
bonito não estar parado a esperar que os
eventos chovam do céu, mas é ainda mais
belo saber que sobre esta estrada existe
alguém que te precede e que tu
continuamente vês diante de ti e ti dá força,
te estimula e não parar, continua a chamar-
te, exorta-te a continuar. Vais atrás
convencido que aquela é a tua estrada. O
próprio Jesus afirma: “quem quiser seguir-
me...”. O cristão é aquele que vai atrás de
Jesus, que o segue, que se põe no sulco
dos seus passos, na estrada aberta por
ele, na direcção que ele tem com decisão.
O cristão responde à sua chamada: “vem e
segue-me!”. Este verbo o repete muitas
vezes a quem o encontra pela estrada,
segue-me, seguí-me, não deixa ninguém a si
mesmo. Seguir Jesus é também deixá-lo
decidir a meta, é confiar no seu projecto,
é inscrever nos nossos pensamentos, nas
nossas expectativas a sua visão do mundo,
a sua relação íntimo com o Pai, a vocação
trinitária que o mandou sobre esta terra. Nós
devemos decentrar-nos de nós mesmos, do
nosso critério de verdade e de bem, do
nosso próprio orgulho que muitas vezes nos
contra põe Deus e posicionarmos com
confiança atrás dele. Renegar si mesmo
para seguí-lo, não é amarrar a beleza da
consciência, da inteligência, do amor que
ele nos deu, mas deslocar-nos do centro
em que continuamente nos colocamos,
para colocar ele, a sua vida, o seu
evangelho, o seu projecto de salvação, a
paixão para os homens, o seu amor
incondicional ao Pai. Assim descobrimos
que a estrada é em subida, porque ocorre
percorré-la com a própria cruz, que antes de
ser um suplício é o lugar do máximo amor
que Jesus tem por nós e que nós queremos
ter para com ele. Não existe para o cristão
outro modo de se realizar: sair do centro,
dar a própria vida, não reter nada para si,
não pensar em ganhar o mundo, mas
orientar todo o seu ser a Deus. Passar
pelas estradas deste mundo que muitas se
perdem no nada, estando atrás de Jesus,
porque ele ama as nossas estradas, mas
sabe orientá-las para o céu que não está
nunca vazio.
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