quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O que procurais?


A história e a cultura nos fazem tropeçar na vida de Jesus e na sua pessoa. Em cada época acontece aquilo que o evangelista João descreve assim: «E havia entre o povo uma grande murmuração a seu respeito. Uns diziam: “É homem de bem!”. Outros, porém, afirmavam: “Não; o que Ele anda é a desencaminhar o povo!”» (Jo 7,12). O hebreu Jesus continua sendo para nós pedra de tropeço: as suas escolhas de vida, os seu gestos, nos deixam mal dispostos, nos provocam! Jesus não está calado e tranquilo: si nos apresenta com seu anti-conformismo além de todas as modas, com as suas estranhezas embaraçantes e a sua novidade. 
A palavra de Jesus nos penetra porque nos abre a uma vida diferente: e a nossa primeira reacção é o medo de ter que mudar, ou talvez de poder mudar. Ao mesmo tempo sentimos uma atracção profunda por ele, pelo seu fortíssimo amor por toda e cada vida! Jesus não faz e não diz somente aquilo que está de acordo com o que fazemos ou pensamos nós. Jesus autónomo, manso e sincero nos contesta, nos critica: aqueles que pensam estar já da sua parte enraivecem, os outros se revoltam e exigem um respeitoso silêncio! Please, do not disturb!
E então? Cada um faz por si ou: “Mestre, onde moras?”.
Jesus se conhece fazendo estrada com ele, deixando que ele entre no nosso coração, ruminando o seu Evangelho. Preocupar-se juntamente com ele de todas as pessoas que necessitam de amor, de respeito, de escuta, de misericórdia. Jesus está antes e é maior do que toda a compreensão racional: se oferece a nós como o Filho de Deus feito carne de homem. É uma pessoa! Por isso podemos instaurar com ele uma relação de “pessoa a pessoa”, falar com ele, escutá-lo e reconhece-lo vivo no rosto e no corpo de todo o ser humano. Jesus nos atrai a segui-lo além dos nossos confins, nos provoca a habitar a sua vida nova.
Frei Marcelo (capuchinho italiano)

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