segunda-feira, 28 de março de 2011

A força da Palavra!


Iniciámos o período da Quaresma já alguns dias. Por isso, talvez fosse necessário, recordar-nos estas palavras «não só do Pão o homem vive», mas «de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4,4). A palavra que sai do coração do Senhor é sempre «viva, eficaz» (Eb 4,12), como o profeta Isaias consegue explicar com uma imagem de rara beleza: «Assim como a chuva e a neve descem do céu, e não voltam mais para lá, senão depois de empapar a terra, de a fecundar e fazer germinar, para que dê semente ao semeador e pão para comer, o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca não voltará para mim vazia, sem ter realizado a minha vontade e sem cumprir a sua missão.» (Is 50,10-11). Esta extraordinária força produtiva da palavra deriva do facto que quando Deus fala não existe nenhuma fractura entre o que diz e o que faz. As suas palavras são frutuosas porque contêm promessas autênticas, porque são «factos» em antecipação. Por isso conseguem operar maravilhas naqueles que as acolhem e as consideram merecedoras de confiança (cf. 1Ts 2,13).
Ao contrário, nós homens somos capazes de dizer e depois não fazer, de prometer e depois não manter a promessa, de seduzir sem realmente querer bem. Assim da nossa boca saem palavras vãs (cf. Mt 12,36), sons não acompanhados de nenhuma força, que não produzem nada, pelo contrário dos quais devemos certamente «prestar contas no dia do juízo» (12,36). Usando uma linguagem maiormente bíblico, podemos dizer que existe em nós a capacidade de comportar-se como falsos profetas, tornando-se para o mundo e pelos outros reflexos opacos de Deus, filtro que não deixa transparecer o seu verdadeiro rosto.
No tempo da Quaresma as Escrituras nos aconselham a começar, antes de tudo, a poupar palavras, reduzindo aquele esbanjamento de sons que muitas vezes criam confusão nas relações quotidianas e introduzem ilusões nas nossas almas. A começar pela nossa relação com Deus, visto que « o vosso Pai sabe o que tendes necessidade, antes que lho peçais» (6,8), assegura o Mestre Jesus. Vale a pena não esquecer nunca que Deus, a quem dirigimos os nossos gemidos, sabe bem quem somos e aquilo que necessitamos. Nós, sim, ignoramos quanto a sua «vontade» possa tornar-se para nós, aqui «na terra» (6,10), qualquer coisa que nos sacia em profundidade, «o nosso pão de cada dia» (6,11). Purificar a oração dos excessos verbais é escola de paciência e de humildade. Educa-nos a crer que muitas das felicidades que procuramos, na verdade, nos espera já algures. Rezar ao Pai com poucas palavras significa aprender a manter-se docilmente diante da sua vontade, esperando que se torne rapidamente também a nossa. Confiando que os nossos desejos serão escutados não por força de palavras, mas com palavras carregadas de esperança. Palavras sóbrias, sinceras, cordiais, que um filho dirige com naturalidade ao próprio Pai. Palavras que saem com a certeza de não poder jamais voltar para trás “sem efeito”. Como faz a chuva. Como faz a neve.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Água Viva!



Depois da visão sintética da história da salvação através da memória de Adão e de Abraão nas primeiras leituras dos dois primeiros domingos de Quaresma do ciclo "A", os três próximos domingos, com as imagens da água, da luz e da vida apresentam a temática sacramental ligada à iniciação cristã.   
O dom da água no deserto que sacia a sede do povo durante o caminho do Êxodo é sinal da solicitude de Deus (I leitura); no evangelho o simbolismo da água evoca a acção do espírito e da Palavra, isto é, "o dom de Deus" (Jo 4,10) que dispõe a mulher a acolher o dom da fé; o dom do Espírito é sinal do amor divino no coração do Homem (II leitura).
O evangelho interpela o crente sobre a sede, sobre o desejo que existe em si. E sugere que a nossa sede mais profunda é de encontro e de relação. O encontro de Jesús com a samaritana começa com uma ousadia: "Dá-me de beber" (Jo 4,7). O encontro implica a coragem de quem se faz mendicante apresentando-se despojado ao outro . A mulher procura tirar água mas Jesús pede-lhe que lhe dê de beber. Interrogando-se sobre a pergunta que Jesús lhe faz, a mulher responde: "Senhor dá-me dessa água" (Jo 4,15). Esta pobreza partilhada constitui o ponto de partida do encontro. E o que mata a sede é o próprio encontro: Com efeito, segundo a narração, a mulher não chega a tirar a água do poço e Jesús não chega a bebê-la.
O encontro começa com um péssimo ponto de partida: a inimizade categórica (ou tradicional). Frente a frente não estão duas pessoas, dois nomes, duas biografias, dois sofrimentos, mas duas categorias: um judeu e uma samaritana (“Como é que tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou uma samaritana?" Jo 4,9). A coragem do diálogo, de lançar uma palavra entre si e a mulher permite o início de um caminho que conduz ao encontro e que guia a mulher à fé. O espanto da mulher (“Como?”: Jo 4,9) é o primeiro sinal do caminho da mulher para Jesús, mas que será também um caminho para dentro de si própria, um caminho interior; será a coragem de enfrentar a sua própria e profunda verdade.
“Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz…” (Jo 4,10). Ninguém é apenas uma etnia ou uma categoria social. Da polaridade agressiva e hostil “nós” – “vós” (cf. Jo 4,20), passa-se ao envolvente “eu” – “tu”. Jesús chega a dizer-se e a dar-se com as palavras: “Sou Eu, que estou a falar contigo” (Jo 4,26). Jesús vence as barreiras identitárias que os Homens erguem e que, quando sedimentadas, se tornam por um lado uma segunda pele, uma identidade colada e, por outro, a lente (deformadora) com que vemos os outros rotulando-os com as nossas definições ou aprisionando-os com as nossas categorias. A identidade não é um dado fixo, antes surge do encontro com o outro. 
Momento importante no itinerário do encontro é aquele em que Jesús convida a mulher a passar da pergunta que lhe fez à interrogação que Ele próprio é (cf. Jo 4,10). O verdadeiro diálogo não impõe, mas suscita e aumenta o interesse recíproco. Nutre-se de perguntas novas mais do que respostas claras e definitivas.
O texto apresenta uma pedagogia para a fé em que a mulher reconhece Jesús como profeta (v. 19) e Messias (vv. 25-26.29) e assim se torna discípula, anunciadora de Jesús salvador do mundo (vv. 28-30.39-42). A mulher torna-se crente e evangelizadora. Mas, o caminho do reconhecimento de Jesús, como Senhor, implica um caminho contemporâneo de conhecimento de si mesmo em que, também, os aspectos moralmente mais problemáticos, aqueles que normalmente uma pessoa tem dificuldade de confessar a si própria, são reconhecidos. 
Só assim o encontro acontece na verdade. Ponto culminante e de verdade deste encontro é o momento em que a mulher recebe de Jesús a descrição de tudo aquilo que ela fez (v. 29). A história que ela escondia, por vergonha, a si própria, é substituida por outra que a acolhe e não a julga, levando-a a aceitar-se e a conhecer-se diante de Jesús.
(www.monasterodibosi.it)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Este é o meu filho, escutai-o!



Na Bíblia, a montanha é sempre o lugar da revelação. São os homens como Moisés (Êxodo 19) e Elias (1Reis 19) que Deus encontra. Diz-se também que rosto de Moisés transfigurou-se depois do encontro com Deus: "Moisés desceu do monte Sinai, trazendo na mão as duas tábuas do testemunho. Não sabia, enquanto descia o monte, que a pele do seu rosto resplandecia, depois de ter falado com Deus" (Êxodo 34,29). A magnificência da revelação divina é comunicada também aos que a recebem e se tornam mediadores da Palavra de Deus.
Jesus brilha como o sol aos olhos dos três discípulos: isto o identifica como aquele que é a última revelação de Deus, como aquele que supera todos os seus antecessores. Aliás, o facto de Moisés e Elias aparecerem a falar com ele sublinha isto mesmo.
Moisés e Elias representam a lei e os profetas, isto é a revelação divina que precede Jesus Cristo que é a manifestação suprema de Deus. É isto mesmo que mostra a nuvem luminosa - lugar da presença divina (como em Ex 19) -, de onde uma voz designa Jesus como o servo de Deus (combinação do salmo 2, 7 e de Isaías 42, 1).

terça-feira, 15 de março de 2011

Uma oração sem retórica

O Pai Nosso é uma maravilhosa oração por causa da sua sobriedade: não há uma palavra a mais nem inúteis adjectivos. Já o sábio Qohelet dizia que a oração deve ser de poucas palavras. Poucas, mas verdadeiras. A que serve multiplicar as palavras? As palavras inúteis e a mais cansam a Deus e aos homens.
De facto Jesus ensinou o Pai Nosso exactamente para contrapor-se às intermináveis orações dos pagãos: “porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos ”.
O Pai Nosso é uma oração de pedidos, não de louvor, nem de agradecimento. Simplesmente de pedidos. E isto é esplendido!
Pensamos - às vezes - que a oração de pedidos é mais humilde, a mais interesseira das orações, num certo sentido até indigno do homem maduro na fé. Talvez! Eu, porém, pessoalmente penso que a oração de pedidos é a mais verdadeira de todas as outras. É aquela que fotografa o homem nas suas mais reais dimensões: o perigo, a impotência, o medo e a miséria.
Próprio porque é uma oração de pedidos, somente de pedidos, o Pai Nosso é a oração do homem. Porém do homem autêntico, simplificado, que pede as coisas necessárias, não coisas inúteis e pesados, não coisas a mais: o Reino de Deus, o pão de cada dia, o perdão, a vitória sobre o mal.
As necessidades do homem são muitos. Ao menos assim pensamos nós. O Pai nosso, porém, indica somente três: o pão para cada dia, o perdão dos pecados, a força para vencer o mal. Porque estas três e não outras? Evidentemente porque o Pai Nosso as considera essências e suficientes.
Com esta escolha a oração de Jesus nos convida a um esclarecimento da nossa vida: diz-nos quais são as verdadeiras necessidades, convidando-nos e preocupar-nos com estas e a deixar estar as outras porque inúteis, pensantes e superficiais.
Veja AQUI o video sobre a oração

sábado, 12 de março de 2011

As tentações de Jesus e as nossas...



O caminho quaresmal que na passada quarta feira iniciámos e que neste primeiro Domingo é marcado pelas tentações de Jesus nos convida a encontrar o Senhor e com ele superar as nossas muitas provas.
Jesus é apresentado como o novo Adão que, contrariamente ao primeiro, resiste às tentações. Mas ele é também o representante do novo Israel que, contrariamente ao povo de Deus durante a travessia do deserto que durou 40 anos, coloca radicalmente a sua vida nas mãos de Deus - enquanto o povo regularmente rejeitava ser conduzido por Deus.
Em cada uma das três tentativas de sedução, se trata de pôr à prova a confiança em Deus. Diz-se no Deuteronomio (Dt 6,4): “escuta Israel: o Senhor é o nosso Deus, o Senhor é único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças”. Isto significa exigir que Deus seja o único amado por Isarael, o único que merece confiança. Isto significa também renunciar ao próprio poder de “tornar-se como Deus” (Gn 3,5).
Por três voltas Satanás tenta Jesus a servir-se do seu poder: da sua capacidade em fazer milagres (v.3), do poder da sua fé que pretenderia obrigar Deus (v.6), da dominação do mundo submetendo-se a Satanás (v.9). Jesus resiste porque Deus está ao centro da sua existência, porque ele vive graças á sua palavra (v.4), porque tem total confiança nele (Deus) e não pretende atentar à sua soberania e liberdade (v.7), porque ele sabe que está excluisivamente ao seu serviço.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quaresma, tempo de prova!

Com o austero e penitencial rito da imposição das cinzas, a Igreja que celebra o mistério de Cristo, inicia o tempo da Quaresma: quarenta dias em vista da Páscoa, evento que deve ser preparada com muita oração, com uma escuta mais atenta da Palavra de Deus, com um estilo de vida sóbrio e solidário com os outros, começando pelos mais pobres. 
Ao centro da Quaresma está o convite à conversão: mas de qual conversão se trata? A nossa resposta vai imediatamente em direcção a uma conversão de tipo moral, ou seja, uma conversão dos nossos comportamentos. Todavia, se nos deixarmos guiar pelo modelo fundamental da Quaresma cristã, que é o tempo passado por Jesus no deserto, antes do início do seu ministério público (é o Evangelho do primeiro Domingo da Quaresma)  e a tentação que ele viveu, notaremos que em primeiro plano está uma conversão, que chamaria “teológica”, que tem a ver com a nossa imagem de Deus e da relação que vivemos com ele. 
Os evangelistas concordam na leitura deste tempo como uma “experiência espiritual” no forte sentido do termo: Jesus foi conduzido pelo Espírito no deserto. Também para nós entrar no tempo da Quaresma não quer dizer antes de tudo propor-se a fazer coisas (mesmo que boas) extravagantes, ou programar quem sabe lá quais exercícios de vida cristã, mas se trata, outrossim, de deixar operar o Espírito de Deus em nós. Este é, talvez, a primeira “coisa a fazer” na Quaresma. 
Sabemos que o número dos quarenta  dias, antes de indicar um período de tempo cronológico (que, no entanto, não é excluído), chama a atenção do leitor das Escrituras para algumas grandes experiências “fundadoras”, em particular o êxodo de Israel no deserto, tempo que Deuteronómio caracteriza como “tempo de prova”: “Recorda-te de todo esse caminho que o SENHOR, teu Deus, te fez percorrer durante quarenta anos pelo deserto, a fim de te humilhar, para te experimentar, para conhecer o teu coração e ver se guardarias ou não os seus mandamentos” (Dt 8,2). 
Também Jesus foi provado sobre o seu ser filho de Deus, como fora precedentemente proclamado no Baptismo (cf. Mt 3,17). De resto, no êxodo, Israel fora considerado como filho que Deus gerou através do dom da libertação (cf. Os 11,1; Dt 8,5). No deserto se tratou de constatar se verdadeiramente Israel acreditava no seu Deus ou não. O caminho do deserto foi a prova dos nove da fé de Israel que devia aprender a caminhar com Deus, conhecido já como libertador, sem pretender garantias. Se trata, em definitiva, da possibilidade para Israel de viver como filho fiando-se totalmente em Deus. O sentido fundamental da fé está exactamente no facto que a promessa de uma boa vida e plena, que Deus põe à nossa disposição dando-nos sinais evidentes, exige que saibamos confiarmos nele e na sua Palavra. É  nesta confiança que Israel falhou durante a travessia do deserto. Ora, Jesus é apresentado na sua Quaresma como o “novo (verdadeiro) Adão” o “novo Israel”. Jesus é aquele que, entrando na mesma prova em que a humanidade e o povo de Deus sairam vencidos, manteve aquela atitude de fé que nem Adão, nem Israel souberam manter.  

sexta-feira, 4 de março de 2011

Construir sobre a rocha!



No Evangelho deste IX Domingo do Tempo Comum reconhecemos duas partes. A primeira diz-nos que Jesus não faz qualquer distinção entre os homens: não é porque dissemos: “Senhor, Senhor”, profetizado e realizado milagres em seu nome que seremos reconhecidos por ele naquele dia, mas só se tivermos feito a vontade do Pai, assim como ele fez. A vontade do Pai é que ouçamos e acreditemos naquele que enviou, pois somente através da fé em Jesus Cristo, recebemos a justiça de Deus, como sugerido na segunda leitura deste Domingo. Se tivermos fé, no entanto, ouviremos esta resposta: “não vos conheço”.
Na segunda parte, Jesus diz que podemos reagir de duas maneiras diferentes diante das suas palavras. Devemos entender que este discurso, juntamente com o da montanha, é uma síntese do seu ensinamento. De facto a justiça, a esmola, a oração, o abandonar-se à Providência são a regras de ouro do seu ensinamento: “Fazei aos outros o que quereríeis que eles vos fizessem”. Regra que João traduz assim: “Este é o meu mandamento:. ameis uns aos outros como eu vos amei” Podemos pôr em prática as palavras de Jesus, e neste caso, estamos a construir sobre a rocha, não confiando excessivamente nas nossas próprias forças ou nas nossas obras, mas em Cristo. “De facto ninguém pode lançar um outro fundamento, além do que já está lá, que é Jesus Cristo” (1 Coríntios 3,11). Mas podemos também, não pôr em prática as suas palavras e, portanto, construir sobre a areia, destinando-nos a sucumbir às primeiras dificuldades.
Que Jesus Cristo seja sempre para nós uma pedra e uma fortaleza, onde sentir-nos seguros.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Entre vós não seja assim!

«Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos. Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos.» (Mc 10,43-45)
Com estas lapidares palavras de Jesus contêm quatro advertências que directamente nos interessam hoje mais do que nunca. A primeira é que servir é uma dimensão da inteira existência humana e não somente um fragmento do nosso tempo e do nosso agir. Isto porque servir toca a pessoa, não simplesmente as suas acções e as suas coisas. Servir é um modo de existir, um estilo que nasce do profundo de si mesmo. É esta profundidade (isto é no próprio modo de pensar mais do que de agir) que nos deve constantemente interrogar, se na verdade se quer aprender a servir. 
A segunda advertência é que o estilo do serviço se opõe nitidamente à lógica do ser servido. As duas lógicas não conseguem estar juntas, e tentar de fazer isto é pura ilusão: uma prevalece sempre sobre a outra. Para o Evangelho se alguém é egoísta, o é sempre e em todos os lugares, na vida privada como na publica.
A terceira é que servir significa em concreto viver sentindo-se responsável dos outros: quando o teu irmão está em dificuldade não podes fazer de conta que não passa nada, aquilo que lhe sucede tem a ver contigo. 
A quarta advertência é, talvez, a mais importante: o verdadeiro serviço não olha somente as necessidades mas acolhe a pessoa. Podemos ser eficientes no que toca as indigências descuidando-se totalmente as pessoas, rostos concretos, não massas anónimas, nem simplesmente problemas por resolver. 
Entre as boas obras que Jesus enumera na grande parábola do juízo (Mt 25), não fala somente de dar pão ao faminto e o vestido àquele que é nu, mas convida também a hospedar o estrangeiro e a visitar os doentes e os prisioneiros. Em suma, servir significa percorrer um pedaço de estrada com o próximo como fez Jesus com a humanidade.    

Atualidade

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É uma coisa maravilhosa mas, por exemplo, também João Paulo II foi à cadeia encontrar o seu assassino Ali Agca. Mas desta vez, aposto, ...

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