A verdade do Evangelho!

Neste primeiro dia da semana que segue à grande festa (festa tão grande que se prolonga por oito dias. Mais, por cinquenta dias. Festa que se repete cada Domingo, Páscoa semanal. Festa que se repete a cada Eucaristia), é a vida quotidiana da fé que (re)começa. Uma fé que não se fossiliza. Porque, se aquilo que cantámos e dissemos na Noite da grande Vigília é verdade, o é somente quando o Cristo ressuscitado garante aos seus que estará com eles e para eles até ao último dia. Dia em que todos os homens descobrirão o significado autêntico da VIDA.
Os factos da Páscoa que os Evangelistas, de maneira diferente, viveram e resumiram nos seus respectivos livros são um testemunho. Testemunho contestado na época deles como na nossa.
São Mateus fala de Maria de Mágdala e da outra Maria, que encontram um anjo perto do sepulcro ao romper da aurora. Quando obedecem e deixam a sepultura vazia, Jesus ressuscitado as encontra enquanto corriam pela estrada com temor e alegria. É o próprio Jesus, o vivente, que confirma a missão das “Marias”: “ide anunciar aos meus irmãos que partam para Galileia. Lá me verão.” De facto a fé e a obediência são os dois traços que caracterizam toda a vida histórica de Jesus que veio não para fazer a sua vontade mas a do seu Pai. Fé e obediência são também os traços que devem fundar a vida e a missão do discípulo do Ressuscitado.
Mas é também diante do sepulcro vazio que se desenvolve uma nova oposição que contesta a ressurreição e rejeita acreditar. Enquanto as duas mulheres correm para anunciar a boa notícia, os guardas também correm para levarem aos sumos sacerdotes uma notícia triste e inquietante. Como estes não aceitam a verdade da Páscoa, “fabricam” para o mundo uma “explicação”. Inventam uma mentira. Uma mentira de deste então nunca mais parou a sua corrida pelas estradas do mundo e parece que tal mentira tenha mais pressa e seja mais eloquente que as palavras do Evangelho. Desde então até hoje esta mentira não conhece descanso e basta que se apresente um punho de dinheiro para que, com novas habilidades, esta se renove com novos “best sellers”. Mas esta vantagem sobre o Evangelho é apenas aparente. É aquilo que nos faz crer os grandes mass media. O Evangelho é mais eloquente e mais autêntico de toda mentira. O Evangelho corre mais veloz; o faz porém, privilegiando espaços discretos. Os grandes mass media, onde os interesses vão muito além de “um punho de dinheiro”, parecem incapazes de distinguir o som das palavras apenas sussurradas com as quais o Evangelho é anunciado e atravessa os séculos.
Nos dê o Senhor o dom do seu Espírito, que nos faça capazes de entender as palavras novas do Evangelho, nos faça ler de maneira nova, á luz do seu Evangelho, as palavras antigas de toda a Escritura. Que o seu Espírito nos ensine a viver a corrida da nossa vida sob o signo da esperança levando a alegria de o ter encontrado e na certeza que ele nos precede. Assim seremos portadores da sua verdade e não da mentira do poder instalado!!

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