Amai os vossos inimigos!



No Evangelho deste VII Domingo do Tempo Comum Jesus pede aos crentes de não oporem resistência ao malvado: esta dimensão negativa do ser discípulo será preenchido pelo comando positivo de amar os próprios inimigos. A violência faz parte do mundo não redimido e opõe-se radicalmente ao Reino de Deus portanto, não pode fazer parte da prática messiânica.
A exigência de amar os próprios inimigos é o ponto central da “diferença cristã”: o que distingue o cristão dos pagãos e publicanos, dos indiferentes e não crentes? Jesus pede aos que crêem nele a saírem do círculo estreito, da limitação das suas relações àquilo que é homólogo, semelhante, recíproco, auto-referencial: amar quem já nos ama, saudar somente os irmãos. Trata-se de ousar a alteridade, de ter a coragem da diversidade e de vencer com as armas do amor o medo da diferença e do “outro”. Aquilo que provoca a violência é a absolutização de nós mesmo, do nosso eu.
Praticar o amor aos inimigos traz consigo uma grande promessa escatológica: “para serdes filhos do vosso Pai que está nos céus”. Viver o amor aos próprios inimigos significa aceitar de ser imergido no amor de Deus que em Cristo se é manifestado como amor aos inimigos.

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