sexta-feira, 25 de junho de 2010

Deus Conta connosco!



Quando Lucas menciona que Jesus tomou com coragem o caminho de Jerusalém, apresenta Cristo plenamente livre e decidido em ir até ao fim da sua missão, com o risco de aí viver a sua Paixão. É, pois, um Cristo a caminho que reencontram os seus discípulos e, nesta caminhada como em todas as outras, há obstáculos de toda a espécie. Encontra a recusa dos Samaritanos, mas Jesus passa e respeita a liberdade das pessoas que encontra. Ao contrário de Tiago e João que queriam empregar o método da força… E depois, quando alguém caminha dá também vontade de seguir os seus passos. Somente Cristo em marcha sabe aonde vai, avança com passo decidido. Então, quem quiser segui-l’O não pode ter hesitações nem restrições. Para Ele, o tempo urge, tem a ver com a salvação da humanidade, com a vontade do Pai. Se Jesus parece exigente para com aqueles que O querem seguir, é porque Ele mesmo é exigente quanto à sua própria caminhada. É caminhando que Jesus convida a colocarmo-nos a caminho atrás d’Ele. Então, aqueles que o seguirem poderão dizer como Paulo: “combati o bom combate, acabei a minha carreira, guardei a fé”. (www.dehonianos.org)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quem és Tu Senhor?



Senhor e meu Deus, tu és o meu abrigo.
Meu destino está em tuas mãos
Tu que me aconselhas, eu te bendigo.
Pai querido, Deus de minha salvação.
Só tu me ensinas o caminho da vida
Meu coração se regozija na tua presença
Do corpo e da alma tu curas as feridas
Creio que de ti virá a nossa recompensa.
Inclina teu ouvido para mim Senhor
Quero louvar-te noite e dia
Buscar-te com alegria, servir-te com temor.
Saciar-me com a tua sabedoria.
Graças te dou Senhor por minha existência
Sem você eu nada sou não existo.
Ó Deus de amor, de infinita providência.
Que enviaste a Jesus Cristo.

Autor: Antonio Ademir Fernandes (http://antonioblog.nireblog.com/)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Perdoada e Salvada!



O fariseu que recebe Jesus à mesa pára o seu olhar sobre o que se vê: uma pecadora introduziu-se na sua casa; para ele, ela não é senão uma pecadora. Quanto a Jesus, lança o seu olhar sobre a mulher procurando ver, através do seu comportamento, tudo o que se passa no seu coração: se ela chora, é porque é infeliz e lamenta o seu passado; se ela molha com as suas lágrimas e limpa com os seus cabelos os pés de Jesus, se ela os beija e sobre eles derrama perfume precioso, é para manifestar o seu grande amor. Não é preciso mais nada para Jesus: Ele perdoa, não porque ela pecou muito, mas porque amou muito, mesmo se ela amou mal; sobretudo, é a sua fé que a salva. Ela faz a experiência do Amor louco de Deus que perdoa, experiência que o fariseu ainda não fez. Porque o fariseu e os convidados se ficam pelas aparências, encerram a mulher no passado. Porque Jesus olha para além das aparências, abre-se à mulher um futuro diferente, e ela parte em paz. (www.dehonianos.org)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dom Luigi Padovese: Anunciar com a vida o Evangelho da paz

No dia em que a Igreja celebrava o Corpus Domini, isto é, a promessa realizada da presença do Senhor da vida entre nós na Eucaristia, era anunciada a todo o mundo a terrível notícia do assassinato de Mons. Luigi Padovese, franciscano capuchinho, bispo e vigário apostólico da Anatólia. Tive a felicidade de trabalhar alguns anos com este franciscano de coração solar e inteligência sensível, pelo que este acontecimento me deixou abalado e me impeliu a deixar sobre ele o meu testemunho. Foi um professor estimado de centenas de alunos espalhados por todo o mundo, pois chegou a leccionar simultaneamente em 3 universidades pontifícias: Antonianum, onde foi presidente durante longos anos do Instituto de Espiritualidade, na Gregoriana e no Alfonsiano. A sua paixão e área de ensino eram os Padres da Igreja, os mesmos que lhe servirão de referência doutrinal e de vida no seu ministério sacerdotal e episcopal, coroado com a prova do sangue. Escreveu e publicou numerosos e importantes livros sobre as origens cristãs, interessando-se particularmente pelo tema das relações entre a fé e os poderes, o testemunho e a intolerância. Depois de longos anos de fecunda investigação e leccionação, foi, em 11 de Outubro de 2004, ordenado Vigário Apostólico da Anatólia e sagrado bispo em Iskenderun (Turquia), em 7 de Novembro do mesmo ano. Nessa altura pensei: “que pena, perdemos mais um excelente professor e mestre, amante dos Padres da Igreja!” Hoje, não sei bem o que pensar, porque os dramáticos acontecimentos me demonstram que os nossos pensamentos não são realmente os de Deus. «Considero uma grande honra ser cristão convosco nesta terra da Turquia que conserva as memórias do primeiro cristianismo», foram as palavras que, na altura, dirigiu aos cristãos da Turquia, uma minoria de 120 mil (30 mil católicos), num país de 75 milhões de confissão predominantemente muçulmana (99%). Na verdade, estas foram as duas grandes paixões de Luigi Padovese: a redescoberta das origens cristãs da Turquia que considerava a “terra santa da Igreja primitiva” e o diálogo com as religiões e igrejas não cristãs hoje presentes nessa terra que, há muitos séculos, tem sido a ponte entre o oriente e o ocidente. Estabelecer pontes de encontro e diálogo entre mundos tão diferentes foi, realmente, a paixão e tarefa prioritárias assumidas há muito por este estudioso e amante da cultura e dos homens. Desde 1989 que organizava Simpósios em Éfeso, Tarso ou Antioquia, onde reunia os maiores especialistas da actualidade para aprofundar as raízes bíblicas, patrísticas e cristãs da antiga Ásia Menor, actual Turquia. Para estes encontros de elevado nível científico, convocava não apenas estudiosos católicos, mas também docentes de universidades turcas e muçulmanos.
Como pastor da Igreja na Anatólia, Mons. Luigi Padovese empenhou-se em avivar e divulgar essa «herança de memórias e de santidade» de que as ruínas arqueológicas ainda falam, mas da qual continuam a dar testemunho sobretudo a minoria de cristãos que, apesar de hostilizados, se mantêm firmes na sua fé. Foi a estes que o pastor se dedicou especialmente nos últimos anos da sua vida. Num país que se diz laico, mas que promove uma laicidade reactiva; face a leis que dizem respeitar a liberdade religiosa, mas só quando um cristão se converte ao Islão; numa sociedade que condena ao ostracismo todos os baptizados; numa nação onde a Igreja não o pode ser, onde se proíbem os seminários, escolas ou outras instituições católicas, Mons. Luigi Padovese investira todos as suas forças e conhecimentos na defesa dos direitos humanos e religiosos das minorias, especialmente, da minoria católica confiada aos seus cuidados de pastor. E foi, de facto, um bom pastor. Inspirando-se nos Padres da Igreja, especialmente em S. João Crisóstomo, escolheu como lema do seu episcopado In Caritate Veritate (a verdade no Amor). «São palavras – explica-nos ele próprio – que exprimem o meu programa de busca da verdade na estima e recíproco amor. Se é verdade que quem mais ama mais se aproxima de Deus, é também verdade que por esta via nos aproximamos do sentido verdadeiro da nossa existência que é um viver para os outros. Sobre esta convicção se funda também a minha vontade de diálogo com os irmãos ortodoxos e os de outras confissões». Estas palavras dizem bem da grandeza e generosidade de alma deste homem culto e dotado de um imenso coração.
Acontecimentos recentes e alguns retrocessos no processo de diálogo com o Islão, foram doseando o optimismo do bispo franciscano, mas não o demoveram do seu programa cultural e pastoral. Por mais de uma vez terá confessado que a sua vida «estava suspensa entre a fé e o perigo». O recente e silencioso surto de islamização do país vinham criando maiores dificuldades aos cristãos nos anos recentes. Mas o pastor não se demovia do seu esforço de diálogo e reivindicação da liberdade para as minorias crentes. Numa homilia da última Páscoa confessava que, para alguns dos seus cristãos, «a Via sacra não é coisa do passado, mas um facto de todos os dias». Evocava, a propósito, a «experiência do martírio do Pe. Andrea Santoro», um sacerdote assassinado, em Fevereiro de 2006, por um jovem muçulmano. Depois deste dramático acontecimento e de outros sinais inquietantes, Dom Luigi Padovese ia tomando algumas precauções, mas continuava a abrir sua casa, em Iskenderun, a todos os que vinham por bem. Foi o que sucedeu, mais uma vez, no dia 3 de Junho, quando o seu motorista Marat que era uma espécie de fac totum da casa e a quem o bispo muito tinha ajudado, esperando, por isso, merecer a sua confiança. Mal imaginava o bom bispo que afinal acolhia sob o seu tecto há mais de 4 anos o seu assassino. Não era a primeira vez que acontecia. Repetia-se o crime de Judas e a história da missão da Igreja está repleta de traições como esta. As vítimas são sempre homens bons que acreditam e sonham com um mundo habitado por homens de boa vontade. Frei Luigi Padovese foi mais um desses que, como Cristo e Francisco de Assis, deram a vida por amor e ao serviço do Evangelho da paz.
Fr. Isidro Lamelas OFM







quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vida doada, Pão (re)partido





As pessoas reúnem-se em volta da mesa em diversas circunstâncias. Ao redor da mesa se discutem problemas, se celebram vitórias, se partilha a amizade e o carinho. As famílias, os povos e os amigos encontram-se e partilham a vida e os desafios ao redor da mesa.


É assim que ainda hoje fazemos. As famílias celebram as festas ao redor da mesa, os políticos decidem tratados importantes ao redor da mesa, as pessoas divertem-se sentados à mesa, para jogar ou para conversar com os amigos.

As leituras de hoje convidam-nos a sentarmo-nos à mesa com Deus. Ele preparou e quer oferecer-nos gratuitamente um alimento diferente que sacia a nossa fome de vida, de felicidade e de eternidade.

No Evangelho, Cristo realiza um milagre grandioso – Multiplica os pães.

Jesus vê a fome e busca na comunidade a solução do problema – Jesus ordena aos seus discípulos: “- Dai-lhes vós mesmos de comer!”

Ainda hoje Jesus pede a todos e a cada um dos seus discípulos: - Dai-lhes vos mesmos de comer… o pão da alegria, o pão do apoio, o pão da esperança…

Jesus no evangelho ensina como dar resposta às maiores dificuldades: Recolhe “os cinco pães e dois peixes” recita a bênção e manda partilhar… O segredo maior para resolver todos os problemas é PARTILHAR. Não basta pedir a Deus que resolva os problemas do mundo… não basta apontar o dedo a Deus quando algo no mundo não está bem. Falta cada um de nós fazer a sua parte, comprometer-se seriamente com a exigência da partilha.

Deus é dono de tudo, e tudo nos deu para que usufruíssemos desses dons da melhor forma. Sejamos capazes de partilhar mesmo as coisas mais simples… seja um sorriso, uma atenção, uma palavra amigo ou de incentivo.

Deus convida-nos a todos para o seu Banquete do reino, e convida de forma especial e em primeiro lugar os que não têm mesa, nem paz no coração.

Este textos evangélicos convidam-nos a sentarmo-nos à mesa com Jesus… é o que fazemos todos os domingos ou todas as vezes que participamos na EUCARISTIA.

Sentar-se à mesa com Jesus é comprometer-se com a dinâmica do Reino e é assumir a lógica da partilha, do amor e do serviço generoso e desinteressado aos outros.

Celebrar a Eucaristia (viver a eucaristia) não é chegar de braços cruzados e partir de mãos nos bolsos… celebrar a eucaristia não é simplesmente cumprir um rito, um hábito para silenciar a consciência. Celebrar a Eucaristia é comprometer-se com a dinâmica do Reino, é assumir a lógica da partilha, do amor e do serviço concreto ao próximo. Celebrar verdadeiramente a Eucaristia “obriga-nos” a lutar contra as desigualdades, a exploração as injustiças.

Celebrar a Eucaristia é querer sentar-se à mesa com Jesus… partilhar com Ele as nossas inquietações e segredos e ansiar descobrir os caminhos que Ele para nós quer traçar.

Celebrar a Eucaristia é desejar tornar Jesus presente no Mundo, fazendo com que o seu Reino se torne uma realidade viva e eficaz na história.  (A rede na rede)

Atualidade

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É uma coisa maravilhosa mas, por exemplo, também João Paulo II foi à cadeia encontrar o seu assassino Ali Agca. Mas desta vez, aposto, ...

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