quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

diacono do amor!


No passado dia 7 fui, durante uma celebração muito participada e bela, ordenado diácono. O meu ministério agora implica o compromisso de anunciar a Palavra de Deus, colaborar com o bispo e com os presbíteros da Igreja e estar atento à necessidade dos irmãos sobretudo os pobres e marginalizados. Meditando estes compromissos, cheguei à conclusão que, na verdade, toda a vida cristã deve ser diaconal e que tendo eu consagrado toda a minha vida a Deus e aos irmãos, a minha existencia tornou-se, de maneira estável, uma existência diaconal. 
São Francisco de Assis, dizem, também foi diácono. O diaconado nasceu na Igreja primitiva como um "serviço às mesas" dos pobres, não tanto como um serviço à mesa do Senhor "(cfr. 1Cor 11,21). "Não é bom, disseram os doze, transcurar a palavra de Deus para servir às mesas" (Atos 6:2). Na segunda narração da multiplicação dos pães, os restos foram recolhidos em "sete" cestos, como na primeira narração em "doze" cestos, dois números simbólicos que querem lembrar o ministério dos apóstolos e dos diáconos (cf. Mc 8,8, 6,42).
Os diáconos não são mencionados nas narrações da "fracção do pão", presentes nos Atos dos Apóstolos, nem na celebração da Ceia do Senhor mencionado em 1 Coríntios 11,20, mas ao longo dos séculos as suas funções tornam-se predominantemente ou exclusivamente sagrada. O diácono é um colaborador da liturgia. O diaconato é um grau do sacramento da Ordem, podem tocar e manusear as coisas sagradas, exceto, naturalmente, repetir a fórmula da consagração. Esta é a função dos diáconos na época de São Francisco. As fontes apontam dois casos nos quais Francisco exerce o ofício de diácono: na véspera de Natal em Greccio (F. fran.469-70) e no capítulo de 1217, em que o celebrante foi o cardeal Ugolino enquanto "o homem de Deus cantava o Evangelho" (Três Companheiros: F. fran.1474).
O diácono não é um dignitário, mas é sempre um clérigo que goza de uma certa reputação surpreende que Francisco, que sempre recusou qualquer promoção, incluindo o sacerdócio, pode ter aceite a ordem de clérigos. Mas essa contradição é apenas aparente. Para ele, o diaconato é apenas um bypass, a condição indispensável para proclamar o Evangelho de modo imperturbável. Francisco era um diácono em algumas vezes lia ou cantava o Evangelho na missa, mas Francisco era diácono porque desde o momento da conversão, era um arauto de Jesus Cristo verdadeiro diácono da humanidade.
Deus me ajude a viver como irmão menor a minha nova missão na Igreja a favor dos pobres meus irmãos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Atualidade

O carinho do Papa Francisco que irrita muitos padres

É uma coisa maravilhosa mas, por exemplo, também João Paulo II foi à cadeia encontrar o seu assassino Ali Agca. Mas desta vez, aposto, ...

Aqui escreves TU