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A mostrar mensagens de dezembro, 2010

Bom 2011 e obrigado!

Para aumentar os nossos anos já vividos temos a graça de agora acrescentar também 2010 que como os anos precedentes trouxe consigo recordações, factos, acontecimentos que tocaram a nossa vida: ocasiões de bem que provavelmente tivemos modo de acolher e valorizar, outras que, talvez, deixámos cair no nada e agora lamentamos um pouco. Seguramente o ano 2010 também trouxe consigo o nosso infinito desejo de bem e muitas vezes a nossa impotência em realizar completamente tal desejo. Colocamos tudo diante dos olhos de Deus. O nosso íntimo nos nos diz, com clareza e verdade, como vão as coisas autenticas da nossa vida. Mais passam os anos, mais nos consciencializamos que o tempo não é somente implacável em escandir os dias mas é também portador das várias intervenções de Deus em vista á eternidade. Este é o tempo favorável para abrirmos o coração aos irmãos para aliviar a dor, para oferecer a todos a esperança e para que sinta amados de amor eterno. É também urgente para nós hoje aquele

Sagrada Família

Segredo de família... Qual é o segredo desta família chamada “santa”? Primeiro, a confiança. Maria tem confiança depois de ter posto a questão: “como será isso?” José tem confiança e recebe Maria. Jesus tem confiança ao consagrar-se às coisas do seu Pau. E, depois, a fidelidade. “Maria guardava todas estas coisas no seu coração e meditava-as”. José levanta-se quando o Senhor lhe pede e ensina a Jesus o ofício de carpinteiro. Jesus fará da vontade do Pai o seu alimento. Não há qualquer outro segredo da santidade: tornamo-nos santos no quotidiano da vida! www.dehonianos.org

Bom Natal!

Eis-nos com a graça de Deus a celebrar na fé e na alegria mais um Natal do Senhor. Chegámos aqui depois de quase um mês de preparação em que a Palavra de Deus nos instruía para que esta não fosse um simples Natal de consumo e de imagens mas fosse um verdadeiro encontro e conformação com aquele que se dignou assumir a nossa condição humana. Vivemos num tempo e numa sociedade frenética, escrava da imagem e do consumo. Nos telejornais não se fala outra coisa senão das ultimas correrias para o ultimo shoping antes da vigília para que à hora certa debaixo da arvore todos possam encontrar a confecção justa. Também nós cristãos, vivendo neste tempo, consciente ou inconscientemente caímos nesta rotina que empobrece a extraodinaridade do mistério do Natal. Chegámos ao Natal cansados, ou, para usar um termo moderno, stressado. Este Natal consumista e moralizada (é Natal temos que ser melhores, temos que fazer algum bem) aumenta ainda mais as injustiças que já laceram o nosso mundo e obscura

Zacarias, o mudo que fala de Deus!

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"Entretanto, chegou o dia em que Isabel devia dar à luz e teve um filho. 58 Os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua misericórdia, rejubilaram com ela. 59 Ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. 60 Mas, tomando a palavra, a mãe disse: “Não; há-de chamar-se João.” 61 Disseram-lhe: “Não há ninguém na tua família que tenha esse nome.” 62 Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse. Pedindo uma placa, o pai escreveu: “O seu nome é João.” (Lc 1,57-63) O versículo 62 deste texto bem conhecido apresenta, aparentemente, uma dificuldade de interpretação. Em Lc 1,20 lemos: Vais ficar mudo, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto acontecer, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão na altura própria. A tradução deste versículo pode começar de outro modo: Vais ficar em silêncio e sem capacidade (força) para falar. Não é absolutamente linear que o verbo siwpáw sig

Começar 2011 com um segundo em oração

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Frade franciscano apela a uma «elevação espiritual» que toque «todos os povos», sem a «euforia neurótica» que marca a passagem de ano. O frei Fernando Ventura quer que o primeiro instante de 2011, um segundo, seja dedicado à comunhão espiritual com todas as pessoas do planeta, independentemente das suas convicções religiosas. “A ideia é de que, à medida que o novo ano fosse entrando em cada fuso horário, houvesse alguém com vontade de sair de si, em oração, independentemente da sua sensibilidade religiosa”, promovendo “acima de tudo um encontro de humanidade”, explica o religioso católico à Agência ECCLESIA. O biblista pretende que o início de 2011 constitua, do “Oriente ao Ocidente”, uma “elevação espiritual” que possa “tocar todos os povos”, incluindo as “sensibilidades não religiosas” que “partilham o ser pessoa”. A iniciativa ambiciona fazer “de uma nova década o início de um novo ciclo, aumentando a consciência universal da necessidade absoluta de ir para além das fronteiras rel

A obediência da fé!

Aos homens perdidos, Deus oferece a sua presença. O Povo de Deus estava perdido, esperava o Messias prometido pelos Profetas e não O via chegar. Maria e José estavam perdidos, porque não havia lugar para eles. Os pastores estavam perdidos, eram excluídos em toda a parte. Os Magos estavam perdidos, não sabiam onde devia nascer o Messias. E eis que Deus oferece a sua presença: Ele é o Emanuel, Deus connosco! Depois do Natal, ninguém está totalmente perdido. A solidão total não existe mais. Deus está sempre presente. Mas é necessário que os seus mediadores manifestem esta presença. Se estamos perdidos, estendamos a mão para conseguirmos agarrar outra. Se encontrarmos um irmão perdido, estendamos a mão para que Natal seja verdadeiramente Natal para ele e ele saiba que Deus está bem presente entre os seus. ( www.dehonianos.org )

João, mais do que profeta!

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Hoje mais uma vez o Evangelho nos propõe a figura de João, o Batista. Jesus exalta a sua grandeza. grandeza que não consiste somente na sua austeridade de vida e na força do seu caracter, mas grandeza que deriva da sua disponibilidade em preparar a estrada do Messias. Assim, depois que os discípulos de João Batista partiram, Jesus tece elogios a este profeta diante de toda a multidão. Diz que João é mais do que um profeta, porque ele veio para preparar o caminho do Messias. Nesse sentido, poderíamos dizer que cada crente e toda a comunidade cristã é um pouco como o Batista, isto é, devem preparar os corações para receber Jesus. O discípulo, de fato, não vive para falar sobre si mesmo e sobre as suas empresas, e nem mesmo para fazer valer as suas ideias ou convicções. Toda a vida do discípulo é ao serviço do Evangelho. Ele trabalha para que o Evangelho chegue aos confins da terra, toque o coração dos homens para se converterem a Deus. Aos discípulos e às comunidades cristãs é pedido de

Alegria Cristã!

Aos homens que reconhecem a sua fragilidade, Deus manifesta o seu poder. Não é frequente reconhecermos os nossos desvios, os nossos erros, a nossa fragilidade, a nossa vulnerabilidade. Porém, isso seria reconhecer simplesmente a nossa humanidade... Os pais não se desonram ao reconhecer diante dos seus filhos que se enganaram. A Igreja não se rebaixa ao reconhecer os seus erros do passado; ao contrário, eleva-se. Os cristãos não se entristecem ao reconhecer o seu pecado; ao contrário, dão a Deus a alegria de os perdoar. Deixemos Deus manifestar o seu poder, concedendo-nos o seu perdão! Basta que nos reconheçamos frágeis. E então a nossa fragilidade mudar-se-á em força. De frágeis tornar-nos-emos fortes, fortes de ser amados. ( www.dehonianos.org )

A perfeita alegria!

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Advento é tempo de alegria. O Senhor está perto! O Senhor está no meio de nós! O Senhor está dentro de nós. Isso mesmo é o que afirmamos com o nosso «entusiasmo»  (= Deus dentro). Com Deus dentro de nós, tornamo-nos abertos à Esperança e à Surpresa, atentos aos Outros e à Criação, confiantes na Bondade e na Ternura, semeadores de Alegria e de Beleza, construtores de Paz e de Justiça. E um Mundo outro é possível. Este terceiro Domingo do Advento é chamado o «Domingo da Alegria».  Logo a abrir a celebração, escutamos o apelo do Apóstolo Paulo: «Alegrai-vos sempre no Senhor»  (Fl 4,4).  Em latim: «Gaudete in Domino». Na sua mais recente  Exortação Apostólica (Verbum Domini), o papa apresenta-nos a relação íntima entre «a Palavra e a Alegria». Transcrevo algumas linhas: «O anúncio da Palavra cria comunhão  e gera a alegria . Trata-se de uma alegria profunda que brota do próprio coração  da vida trinitária e é-nos comunicada no Filho. Podem-se organizar festas, mas não a al

diacono do amor!

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No passado dia 7 fui, durante uma celebração muito participada e bela, ordenado diácono. O meu ministério agora implica o compromisso de anunciar a Palavra de Deus, colaborar com o bispo e com os presbíteros da Igreja e estar atento à necessidade dos irmãos sobretudo os pobres e marginalizados. Meditando estes compromissos, cheguei à conclusão que, na verdade, toda a vida cristã deve ser diaconal e que tendo eu consagrado toda a minha vida a Deus e aos irmãos, a minha existencia tornou-se, de maneira estável, uma existência diaconal.  São Francisco de Assis, dizem, também foi diácono. O diaconado nasceu na Igreja primitiva como um "serviço às mesas" dos pobres, não tanto como um serviço à mesa do Senhor "(cfr. 1Cor 11,21). "Não é bom, disseram os doze, transcurar a palavra de Deus para servir às mesas" (Atos 6:2). Na segunda narração da multiplicação dos pães, os restos foram recolhidos em "sete" cestos, como na primeira narração em "doze"

João, o percursor!

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Uma das figuras de grande importância durante o tempo de Advento, tempo de espera e de esperança, é sem dúvida João Baptista, o mensageiro, o percursor, aquele que deve preparar a via ao Senhor. João é sem dúvida u m homem de grande estatura espiritual. Um homem que nasce entre milagres e morre por causa de um estúpido jogo de um velho rei e de uma rapariga bela e perversa.  João Baptista não é, porém, uma figu ra autónoma mas é uma figura que está em relação total com Cristo. Na Bíblia não existem, em geral, figuras autónomas. Não existem figuras cujo significado seja independente de Cristo. Esta regra geral que vale por todas as figuras da Bíblia, vale, de maneira particular, para João Baptista: ele veio somente para reflectir a luz que é Cristo. Na sua posição totalmente dependente, verdadeiro homem e pecador, vindo somente para servir, ele é ao mesmo tempo a recapitulação de tudo aquilo que aconteceu como promessa de Deus antes dele no Antigo Testamento e o compêndio de tudo aquilo

II Domingo de Advento!

João Baptista é, em cada ano, uma grande figura deste tempo do Advento. Falamos bastante dele, mas será que o conhecemos bem? Na preparação da liturgia, pode-se comunicar melhor como João Baptista tem um verdadeiro lugar de charneira entre o Antigo e o Novo Testamento. Pode ser uma maneira de sublinhar nas celebrações destes domingos a iminência da vinda de Cristo, a iminência do Reino. As admonições e algumas intenções da oração dos fiéis podem ser redigidas nesse sentido. Ou ainda, porque não viver de perto esta celebração com João Baptista? Ele pode ser mencionado no início do rito penitencial, no início do credo, no início do “Cordeiro de Deus” (foi João Baptista que assim designou Jesus).Aos homens à procura de um coração novo, Deus dá uma terra nova. Jesus veio para falar de novidade: “Convertei-vos! Acreditai na Boa Nova!” Temos necessidade de ouvir palavras novas (ternura, amor, perdão, solidariedade, respeito...) que façam calar as palavras antigas (violência, ódio, vingança

Recebei de graça, dai de graça!

Possuir “Buscai o bem e não o mal, para que vivais, e o Senhor, Deus do universo, estará convosco, como vós dizeis. Detestai o mal, amai o bem, fazei reinar a justiça no tribunal. Talvez, então, o Senhor, Deus do universo, tenha compaixão do resto de José” (Amós 5, 14-15) Para a Bíblia os bens são expressões da benção divina. Tudo aquilo que existe está sob a benção de Deus: bem-dizer é querer o bem do homem. O povo de Israel, qual destinatário  da Terra Prometida, deve compreender que a Terra é um dom de Deus que deve ser possuída na justiça (não com violência e poder) e na fidelidade ao doador.  Mas porque, sempre para a Bíblia, o homem é por sua vez chamado a imitar a bondade  divina tornando-se benção para o outro homem, nasce a responsabilidade de uma equa distribuição das riquezas e de um justo uso dos bens. Em síntese, a riqueza é uma benção se é usada para a necessidade do outro, enquanto se transforma em maldição se foge à ordem da justiça, se fecha nos confins egoistícos do e