domingo, 3 de outubro de 2010

Festa de São Francisco!

Em todo o mundo onde vive ou trabalha um franciscano sei que hoje a primeira coisa que fez foi erguer os olhos aos Céus para agradecer a Deus por fazer parte desta imensa multidão de homens e mulheres que desde há 800 anos vivem o grande ideal de Francisco de Assis: viver o Santo Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, na minoridade, em fraternidade na paz e no bem! 
Somos muitos que na melhor da nossa juventude decidimos deixar-nos seduzir por um ideal que nos faz sentir homens e mulheres livres, servidores do Evangelho. Homens e mulheres incarnados na nossa Igreja e na nossa sociedade procurando ser sal e luz. 
Tenho ainda a certeza que todo o franciscano hoje, depois de agradecer, pediu perdão pelas infedelidades e afastamento de um ideal maior do que nós. Pedir perdão e recomeçar porque um carisma assim belo e jovem deve ser absolutamente transmitida de geração em geração.
Sei que também os franciscanos hoje agradeceram os muitos benfeitores que com a sua generosidade permitem-nos abraçar o mundo numa onda de gratuidade que não tem fim.
O trecho que escutamos na liturgia desta solenidade está entre as páginas mais intensas e profundas do Evangelho: “Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos.” Segundo Frei Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontificia, o melhor comentário a estas palavras de Jesus é aquilo que diz Paulo na Primeira Carta aos Coríntios: “não há entre vós muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres. Mas o que há de louco no mundo é que Deus escolheu para confundir os sábios; e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte. O que o mundo considera vil e desprezível é que Deus escolheu; escolheu os que nada são, para reduzir a nada aqueles que são alguma coisa (1 Cor 1, 26-29).” As palavras de Jesus e de Paulo iluminam de modo singular o mundo de hoje. É uma situação que se repete. Os sábios e os inteligentes mantêm-se longe da fé, às vezes disprezam a multidão dos que acreditam. Devo dizer que nem todos os sábios e inteligentes, segundo a lógica do mundo, nem mesmo a maioria fazem parte desta grupo que descrevi, mas seguramente a parte mais influente, a parte que tem à disposição os microfones mais poderosos e controlam os grandes meios de comunicação social. 
E nós que abraçamos a fé no Filho de Deus e como Francisco de Assis O colocamos no centro da nossa vida devemos ter a coragem de testemunhar a beleza da nossa fé. Não somos estúpidos mas loucos por um Evangelho que liberta e por um ideal que constroe santos. 
Sou feliz de ser cristão. Sou feliz de ser franciscano.
A todos um feliz dia de São Francisco!

Com Francisco de Assis, 
hei-de seguir por uma estrada de ninguém
sonhando a liberdade de todos;
hei de levar os braços cheios de nada,
cantando a esperança de tudo. 

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