sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ecumenismo espiritual

“Cristo chama todos os seus à unidade” com estas palavras na abertuta da Enciclica Ut unun sint, João Paulo II recordava o empenho da Igreja a que nenhum cristão deve evitar ou sentir-se excluído. Procurando despertar as consciências de muitos cristãos que vivem fechados nas próprias convições e tradições o Santo Padre insistia ainda dizendo: “como poderiam, de facto, recusar-se a fazer todo o possível, com a ajuda, para derrubar muros de divisão e desconfiança, superar obstáculos e preconceitos que impedem o anúncio do Evangelho da salvação através da Cruz de Jesus, o único Redentor do homem, de cada homem?” 
Esta é apenas uma passagem da minha tese sobre o ecumenismo espiritual que hoje, depois de muito tempo de investigação e de trabalho, entreguei na secretaria do Studio Teologico Interdiocesano. Dos muitos aspectos teologicos que muito me ajudaram a crescer como homem, crente em Jesus Cristo, católico e frade capuchinho escolhi fazer a tese sobre o ecumenismo. De facto, estes anos de Teologia fez-me conhecer um pouco da doutrina, dos valores, da história, da espiritualidade e de tantas outras coisas dos nossos irmãos evangelicos e ortodoxos. Isto ajudou-me a perder o complexo de ser católico e aprendi a aceitar e a amar a diferença. 
Naturalmente com a minha tese não tornei-me num entendendor em questões ecumenicas. O meu foi apenas uma tentativa pessoal de introduzir-me no argumento. Terminei a tese porém com a determinação de “fazer tudo que posso para a unidade dos cristãos e deixar ao Senhor aquilo que somente ele pode fazer”. 
Terminei a minha pobre tese com o hino à caridade de São Paulo, como via a seguir para o pleno restabelicimento da unidade visível da única Igreja de Cristo: Una, Santa, Católica e Apostólica.
“Vou mostrar-vos um caminho que ultrapassa todos os outros 
A caridade é paciente, a caridade é benigna, não é invejosa;
A caridade não se ufana, não se ensoberbece,
Não é inconveniente, não procura o seu interesse,
Não se irrita, não suspeita mal,
Não se alegra com a justiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
A caridade nunca acabará” (1Cor 12, 31. 13, 4-8). 

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